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És O Meu Orgulho

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E é fingida. Mas faz-me bem, não vá eu assinar logo ali os papéis do divórcio enquanto vocifero de forma grotesca: «O Benfica não é um iogurte, foda-se! ». A M. não gostava de futebol; era artista, aos 13 anos já pintava oceanos nas aulas de matemática. Ficávamos sempre juntos, na fila do meio, lá atrás. Escrevíamos bilhetes um ao outro, com as nossas pernas juntas formando as pernas de outro ser entre nós, que era a minha perna direita e a esquerda dela - o amor adolescente ali todo vingado, não chegando o toque, precisando de palavras escondidas em papéis dobrados que dávamos um ao outro por baixo da mesa, só para fingir que ainda havia coisas a dizer. Nos intervalos, entre beijos, apalpações, cigarros, risos, ela perguntava-me: «gostas do Benfica porquê? », e eu nunca sabia explicar-lhe o que estava tão dentro de mim e tão fora dela. Foi só quando - após o Benfica-Vitória de Guimarães de 1994, jogo de festa do título, jogo em que pude pela primeira vez pisar o relvado da Luz e o meu Pai me içou para cima da trave da baliza do Neno - no dia seguinte apareci com os bolsos cheios de relva e a espalhei por cima da mesa numa aula de Religião e Moral, que ela percebeu.

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Já vamos em 5 ou 6 candidatos. Tudo o que me importa são os seus planos de trabalho. Não me interessa se são simpáticos ou arrogantes, mansos ou mais expressivos. Não me interessa se são populistas ou elitistas. Não me interessa nada disso. Tudo o que a mim me interessa é o que vão fazer no Sporting. É isso que eu quero ver, ler e analisar. Quero pessoas capazes, profissionais e com vontade de trabalhar. Quero pessoas que recebam salário para que a sua vida profissional passe só e exclusivamente pelo Sporting. Quero alguém que tenha uma estratégia pensada, delineada e pronta para por em prática. E depois logo vemos se eram promessas vazias ou se o cargo está bem entregue. Já me alonguei demais, provavelmente ninguém irá ler este testamento. Ou então serei corrido a downvotes até ao abismo simplesmente porque algumas pessoas discordam da minha opinião. Repito: isto é a minha opinião, é um desabafo. E espero que contribua para discussões saudáveis sobre qualquer dos pontos enumerados ou qualquer outro.

E, no final da noite, acabámos os dois com o título nacional. Como falar da D.? Uma mulher esquisita - não no termo português, mas no dos outros países. Uma mulher fenomenal. Curiosíssima, peculiar, melancólica, destrutiva, sonhadora. O pai um senhor benfiquista dos sete costados - tardes e manhãs e noites a fio a debatermos Benfica -, a mãe recatada, quase ausente. D. tinha o orgulho de filha que ama o pai de todas as formas lindas que podem servir de amor ao pai e, por isso, não porque o futebol lhe dissesse ao ouvido e ao coração coisas irredutíveis de adepta, era do Benfica. Chateava-se, D., no entanto, com as minhas recorrentes incursões aos fins-de-semana atrás da equipa. «Não podes passar um caralho de um Sábado sem ires para Guimarães? »; «Tens mesmo de ir esta Sexta para Coimbra? ». Eu fazia um olhar de cão abandonado, ela dava-me festas no lombo e no dia a seguir lá estava eu a enviar-lhe mensagens: «Estamos a perder», e punha um tristonho para ela não se zangar muito comigo.

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«Vai directa às páginas do Benfica», e ela lia-me integralmente aqueles textos enfadonhos do Serpa, do Santos Neves ou do Delgado. O que não faz uma mulher por um homem; o que não faz um homem pelo Benfica. A T. era sportinguista. Tinha vezes em que ia ao estádio com o Pai. Fui com ela ver um Sporting-Boavista, um jogo em que pela primeira e única vez apoiei a equipa de arbitragem. Por mim, era expulsar aquela gente toda - tudo para a rua, se possível após lesões gravíssimas de anos a fio ou mesmo crudelíssimos finais de carreira. Levava o seu cachecol verde e branco aos ombros e eu, confesso, apesar da evidente má escolha de cores, olhava para ela com um encanto tal que até consegui perdoar-lhe o facto de ter sido campeã nacional aos gritos para cima de mim, numa histeria de sede e fome que só 18 anos podem dar aos adeptos. Depois beijava-me, tinha pena de mim e do Benfica que era eu. Com pouco orgulho, revelo: tive amor por aquela alegria e por aquela pena. Já que o Benfica não podia ganhar, que fosse a T. a campeã.

Temos características únicas, que infelizmente não dá-mos o devido valor. Numa tarde ia a passear numa rua em Kuala Lumpur na Malásia e ouço subitamente Fado dentro de um restaurante local, foi inexplicável a sensação de arrepio que senti a ouvir alguém a falar a minha língua, depois de tantos meses e num país tão distante. Posso não concordar com muita coisa do que se passa no nosso país, mas é o meu país e quero ajudar a torná-lo num sitio melhor.

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Mas sempre foi mais forte do que eu. Por isso mesmo é que este caso das rescisões me afeta MUITO mais do que a saída do Bruno ou a entrada de quem quer que seja. A minha posição no caso das rescisões está formada: não aceitaria nenhum de volta e levaria os casos todos até às últimas consequências. Não é uma questão do valor que receberíamos, é uma questão de valores e de orgulho. E cada um dos que rescindiu destroçou-me o coração. Eu percebo quando dizem que preferem que entre agora X valor por um do que esperar e ver se ganhamos o dobro no TAS ou na FIFA, percebo quando dizem que eles devem ter passado momentos horríveis. Mas não consigo aceitar a posição dos jogadores ao longo de todo o processo. Não consigo aceitar que tudo foi inocente, que é normal só os jogadores com mercado tenham ido com isto em frente, não consigo aceitar que nenhum se tenha dignado a dirigir palavras aos adeptos (no momento, não é agora) que dão o que têm e não têm para correr o mundo atrás deles, não consigo aceitar que não se pudesse resolver isto de outra forma, que não conseguissem sair de outra forma, não consigo.

E essa ideia, na tua cabeça, não pode ser minimamente flexível. É por isso que quem é homem mas se sente mulher, quer identificar-se como mulher, pois o seu conceito homem está limitado à sua definição pessoal, e muitas vezes extremamente superficial, da palavra. Quem acha que pertence a um terceiro ou quarto género, não se sente nem homem nem mulher. Mas o que é ser homem ou mulher? Estando as cartas biológicas fora da mesa, ser homem ou mulher, para estas pessoas, prende-se ao vestuário, estilo de vida e comportamento. O que, mais uma vez, é uma postura brutalmente preconceituosa, pois parte do princípio de que um Homem para ser Homem, ou uma Mulher para ser Mulher, têm de adoptar um determinado tipo de comportamento em sociedade. É uma visão sexista e inflexível, que não admite diversidade dentro de cada sexo. Tanto um Homem quanto uma Mulher têm papeis "tradicionais" na sociedade. Existe uma norma que determina como a maioria dos Homens age e como a maioria das Mulheres age. Isto tende a ser um misto de imposição social e predisposição biológica para ter certos interesses e atitudes.

Saturday, 15-May-21 23:14:07 UTC